30 abril 2010

Somos chamados a alcançar a medida da plenitude de Cristo para sermos adultos na fé

SANTA MISSA «PRO ELIGENDO ROMANO PONTIFICE»
HOMILIA DO CARDEAL JOSEPH RATZINGER
DECANO DO COLÉGIO CARDINALÍCIO

Segunda-feira 18 de Abril de 2005

Is 61, 1-3a. 8v-9
Ef 4, 11-16
Jo 15, 9-17

Nesta hora de grande responsabilidade, ouvimos com particular atenção quanto o Senhor nos diz com as suas mesmas palavras. Gostaria de escolher, das três leituras, só alguns trechos, que nos dizem respeito directamente num momento como este.

A primeira leitura oferece um retrato profético da figura do Messias um retrato que recebe todo o seu significado a partir do momento em que Jesus lê este texto na sinagoga de Nazaré, quando diz: "Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura" (Lc 4, 21). No centro do texto profético encontramos uma palavra que pelo menos à primeira vista é contraditória. O Messias, falando de si, diz que é enviado "para proclamar o ano de misericórdia do Senhor, um dia de vingança para o nosso Deus" (Is 61, 2). Ouvimos, com alegria, o anúncio do ano de misericórdia: a misericórdia divina põe um limite ao mal disse-nos o Santo Padre. Jesus Cristo é a misericórdia divina em pessoa: encontrar Cristo significa encontrar a misericórdia de Deus. O mandato de Cristo tornou-se nosso mandato através da unção sacramental; somos chamados a promulgar não só com palavras mas com a vida, e com os sinais eficazes dos sacramentos, "o ano de misericórdia do Senhor". Mas que pretende dizer Isaías quando anuncia o "dia da vingança para o nosso Deus"?

Jesus, em Nazaré, na sua leitura do texto profético, não pronunciou estas palavras concluiu anunciando o ano da misericórdia. Foi porventura este o motivo do escândalo que se realizou depois da sua pregação? Não o sabemos. De qualquer forma o Senhor ofereceu o seu comentário autêntico a estas palavras com a morte de cruz. "Subindo ao madeiro da cruz, Ele levou os nossos pecados no seu corpo...", diz São Pedro (1 Pd 2, 24). E São Paulo escreve aos Gálatas: "Cristo resgatou-nos da maldição da lei, ao fazer-se maldição por nós, pois está escrito: Maldito seja todo aquele que é suspenso no madeiro. Isto, para que a bênção de Abraão chegasse até aos gentios, em Cristo Jesus, para recebermos a promessa do Espírito, por meio da fé" (Gl 3, 13 s.).

A misericórdia de Cristo não é uma graça a bom preço, não supõe a banalização do mal. Cristo leva no seu corpo e na sua alma todo o peso do mal, toda a sua força destruidora. Ele queima e transforma o mal no sofrimento, no fogo do seu amor sofredor. O dia da vingança e o ano da misericórdia coincidem no mistério pascal, no Cristo morto e ressuscitado. Esta é a vingança de Deus: ele mesmo, na pessoa do Filho, sofre por nós. Quanto mais formos tocados pela misericórida do Senhor, tanto mais entramos em solidariedade com o seu sofrimento tornamo-nos disponíveis para completar na nossa carne "o que falta aos padecimentos de Cristo" (Cl 1, 24).

Passamos à segunda leitura, à carta aos Efésios. Trata-se aqui em substância de três coisas: em primeiro lugar, dos ministérios e dos carismas na Igreja, como dons do Senhor ressuscitado que subiu ao céu; por conseguinte, da maturação da fé e do conhecimento do Filho de Deus, como condição e conteúdo da unidade no corpo de Cristo; e, por fim, da comum participação ao crescimento do corpo de Cristo, isto é, da transformação do mundo na comunhão com o Senhor.

Detenhamo-nos apenas sobre dois pontos. O primeiro é o caminho rumo à "maturidade de Cristo"; assim diz, simplificando um pouco, o texto italiano. Mais precisamente deveríamos, segundo o texto grego, falar da "medida da plenitude de Cristo", que somos chamados a alcançar para sermos realmente adultos na fé. Não deveríamos permanecer crianças na fé, em estado de menoridade. Em que consiste ser crianças na Fé? Responde São Paulo: significa ser "batidos pelas ondas e levados por qualquer vento da doutrina..." (Ef 4, 14). Uma descrição muito actual!

Quantos ventos de doutrina conhecemos nestes últimos decénios, quantas correntes ideológicas, quantas modas do pensamento... A pequena barca do pensamento de muitos cristãos foi muitas vezes agitada por estas ondas lançada de um extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo, até à libertinagem, ao colectivismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo e por aí adiante. Cada dia surgem novas seitas e realiza-se quanto diz São Paulo acerca do engano dos homens, da astúcia que tende a levar ao erro (cf. Ef 4, 14). Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, muitas vezes é classificado como fundamentalismo. Enquanto o relativismo, isto é, deixar-se levar "aqui e além por qualquer vento de doutrina", aparece como a única atitude à altura dos tempos hodiernos. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades.

Ao contrário, nós, temos outra medida: o Filho de Deus, o verdadeiro homem. É ele a medida do verdadeiro humanismo. "Adulta" não é uma fé que segue as ondas da moda e a última novidade; adulta e madura é uma fé profundamente radicada na amizade com Cristo. É esta amizade que nos abre a tudo o que é bom e nos dá o critério para discernir entre verdadeiro e falso, entre engano e verdade. Devemos amadurecer esta fé, para esta fé devemos guiar o rebanho de Cristo. E é esta fé só esta fé que gera unidade e se realiza na caridade. São Paulo oferece-nos a este propósito em contraste com as contínuas peripécias dos que são como crianças batidas pelas ondas uma bela palavra: praticar a verdade na caridade, como fórmula fundamental da existência cristã. Em Cristo, coincidem verdade e caridade. Na medida em que nos aproximamos de Cristo, também na nossa vida, verdade e caridade fundem-se. A caridade sem verdade seria cega; a verdade sem caridade seria como "um címbalo que retine" (1 Cor 13, 1).

Falemos agora do Evangelho, de cuja riqueza gostaria de extrair só duas pequenas observações. O Senhor dirige-nos estas maravilhosas palavras: "Já não vos chamo servos... mas a vós chamei-vos amigos" (Jo 15, 15). Muitas vezes sentimos que somos como é verdade unicamente servos inúteis (cf. Lc 17, 10). E, não obstante, o Senhor chama-nos amigos, torna-nos seus amigos, oferece-nos a sua amizade. O Senhor define a amizade de uma dupla forma. Não existem segredos entre amigos: Cristo diz-nos tudo quando ouve o Pai; oferece-nos a sua plena confiança e, com a confiança, também o conhecimento. Revela-nos o seu rosto, o seu coração. Mostra-nos a sua ternura por nós, o seu amor apaixonado que vai até à loucura da cruz. Confia-se a nós, dá-nos o poder de falar com o seu eu: "este é o meu corpo...", "eu te absolvo...". Confia o seu corpo, a Igreja, a nós. Confia às nossas mentes débeis, às nossas mãos débeis a sua verdade o mistério do Deus Pai, Filho e Espírito Santo; o mistério do Deus que "tanto amou o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito" (Jo 3, 16). Fez de nós amigos seus e nós como respondemos?

O segundo elemento, com que Jesus define a amizade, é a comunhão das vontades. "Idem velle idem nolle", era também para os Romanos a definição de amizade. "Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando" (Jo 15, 14). A amizade com Cristo coincide com o que exprime a terceira pergunta do Pai Nosso: "seja feita a tua vontade assim na terra como no céu". Na hora do Getsémani Jesus transformou a nossa vontade humana rebelde em vontade conforme e unida à vontade divina. Sofreu todo o drama da nossa autonomia e precisamente levando a nossa vontade às mãos de Deus, oferece-nos a liberdade verdadeira: "Não como eu quero, mas segundo a tua vontade (Mt 21, 39). Nesta comunhão da vontade realiza-se a nossa redenção: ser amigos de Jesus, tornar-nos amigos de Deus. Quanto mais amamos Jesus, quanto mais o conhecemos, tanto mais cresce a nossa verdadeira liberdade, cresce a alegria de ser remidos. Obrigado Jesus, pela tua amizade!

O outro elemento do Evangelho que desejo mencionar é o sermão de Jesus sobre o dar fruto: "fui eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça" (Jo 15, 16).

Realça aqui o dinamismo da existência do cristianismo, do apóstolo: constituí-vos para irdes...

Devemos estar animados por uma santa preocupação: a preocupação de levar a todos o dom da fé, da amizade com Cristo. Na verdade, o amor, a amizade de Deus foi dada para que chegue também aos outros. Recebemos a fé para a levar aos outros somos sacerdotes para servir os outros. E devemos levar um fruto que permaneça. Todos os homens querem deixar vestígios duradouros. Mas o que permanece? O dinheiro não. Também os edifícios não permanecem; os livros também não. Depois de um certo tempo, mais ou menos longo, todas estas coisas desaparecem. A única coisa que permanece eternamente, é a alma humana, o homem criado por Deus para a eternidade. O fruto que permanece é portanto quanto semeámos nas almas humanas o amor, o conhecimento; o gesto capaz de tocar o coração; a palavra que abre a alma à alegria do Senhor. Então vamos rezar ao Senhor, para que nos ajude a dar fruto, um fruto que permaneça. Só assim a terra será mudada de vale de lágrimas para jardim de Deus.

Por fim, voltemos mais uma vez à carta aos Efésios. A carta diz com as palavras do Salmo 68 que Cristo, subindo ao céu, "deu dádivas aos homens" (Ef 4, 8). O vencedor distribui dons. E estes dons são apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. O nosso ministério é um dom de Cristo aos homens, para construir o seu corpo o mundo novo. Vivamos o nosso ministério assim, como dom de Cristo aos homens! Mas nesta hora, sobretudo, peçamos com insistência ao Senhor, para que depois do grande dom do Papa João Paulo II, nos ofereça um pastor segundo o seu coração, um pastor que nos guie ao conhecimento de Cristo, ao seu amor, à verdadeira alegria. Amém.

29 abril 2010

BIOGRAFIA DE SUA SANTIDADE BENTO XVI


O Cardeal Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, nasceu em Marktl am Inn, diocese de Passau (Alemanha), no dia 16 de Abril de 1927 (Sábado Santo), e foi baptizado no mesmo dia. O seu pai, comissário da polícia, provinha duma antiga família de agricultores da Baixa Baviera, de modestas condições económicas. A sua mãe era filha de artesãos de Rimsting, no lago de Chiem, e antes de casar trabalhara como cozinheira em vários hotéis.

Passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da fronteira com a Áustria, a trinta quilómetros de Salisburgo. Foi neste ambiente, por ele próprio definido «mozarteano», que recebeu a sua formação cristã, humana e cultural.

O período da sua juventude não foi fácil. A fé e a educação da sua família prepararam-no para enfrentar a dura experiência daqueles tempos, em que o regime nazista mantinha um clima de grande hostilidade contra a Igreja Católica. O jovem Joseph viu os nazistas açoitarem o pároco antes da celebração da Santa Missa.

Precisamente nesta complexa situação, descobriu a beleza e a verdade da fé em Cristo; fundamental para ele foi a conduta da sua família, que sempre deu um claro testemunho de bondade e esperança, radicada numa conscienciosa pertença à Igreja.

Nos últimos meses da II Guerra Mundial, foi arrolado nos serviços auxiliares anti-aéreos.

Recebeu a Ordenação Sacerdotal em 29 de Junho de 1951.

Um ano depois, começou a sua actividade de professor na Escola Superior de Freising.

No ano de 1953, doutorou-se em teologia com a tese «Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho». Passados quatro anos, sob a direcção do conhecido professor de teologia fundamental Gottlieb Söhngen, conseguiu a habilitação para a docência com uma dissertação sobre «A teologia da história em São Boaventura».

Depois de desempenhar o cargo de professor de teologia dogmática e fundamental na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Freising, continuou a docência em Bonn, de 1959 a 1963; em Münster, de 1963 a 1966; e em Tubinga, de 1966 a 1969. A partir deste ano de 1969, passou a ser catedrático de dogmática e história do dogma na Universidade de Ratisbona, onde ocupou também o cargo de Vice-Reitor da Universidade.

De 1962 a 1965, prestou um notável contributo ao Concílio Vaticano II como «perito»; viera como consultor teológico do Cardeal Joseph Frings, Arcebispo de Colónia.

A sua intensa actividade científica levou-o a desempenhar importantes cargos ao serviço da Conferência Episcopal Alemã e na Comissão Teológica Internacional.

Em 25 de Março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o Arcebispo de München e Freising. A 28 de Maio seguinte, recebeu a sagração episcopal. Foi o primeiro sacerdote diocesano, depois de oitenta anos, que assumiu o governo pastoral da grande arquidiocese bávara. Escolheu como lema episcopal: «Colaborador da verdade»; assim o explicou ele mesmo: «Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligação entre a tarefa anterior de professor e a minha nova missão; o que estava em jogo, e continua a estar – embora com modalidades diferentes –, é seguir a verdade, estar ao seu serviço. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo actual, omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade».

Paulo VI criou-o Cardeal, do título presbiteral de “Santa Maria da Consolação no Tiburtino”, no Consistório de 27 de Junho desse mesmo ano.

Em 1978, participou no Conclave, celebrado de 25 a 26 de Agosto, que elegeu João Paulo I; este nomeou-o seu Enviado especial ao III Congresso Mariológico Internacional que teve lugar em Guayaquil (Equador) de 16 a 24 de Setembro. No mês de Outubro desse mesmo ano, participou também no Conclave que elegeu João Paulo II.

Foi Relator na V Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos realizada em 1980, que tinha como tema «Missão da família cristã no mundo contemporâneo», e Presidente Delegado da VI Assembleia Geral Ordinária, celebrada em 1983, sobre «A reconciliação e a penitência na missão da Igreja».

João Paulo II nomeou-o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e Presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional, em 25 de Novembro de 1981. No dia 15 de Fevereiro de 1982, renunciou ao governo pastoral da arquidiocese de München e Freising. O Papa elevou-o à Ordem dos Bispos, atribuindo-lhe a sede suburbicária de Velletri-Segni, em 5 de Abril de 1993.

Foi Presidente da Comissão encarregada da preparação do Catecismo da Igreja Católica, a qual, após seis anos de trabalho (1986-1992), apresentou ao Santo Padre o novo Catecismo.

A 6 de Novembro de 1998, o Santo Padre aprovou a eleição do Cardeal Ratzinger para Vice-Decano do Colégio Cardinalício, realizada pelos Cardeais da Ordem dos Bispos. E, no dia 30 de Novembro de 2002, aprovou a sua eleição para Decano; com este cargo, foi-lhe atribuída também a sede suburbicária de Óstia.

Em 1999, foi como Enviado especial do Papa às celebrações pelo XII centenário da criação da diocese de Paderborn, Alemanha, que tiveram lugar a 3 de Janeiro.

Desde 13 de Novembro de 2000, era Membro honorário da Academia Pontifícia das Ciências.

Na Cúria Romana, foi Membro do Conselho da Secretaria de Estado para as Relações com os Estados; das Congregações para as Igrejas Orientais, para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, para os Bispos, para a Evangelização dos Povos, para a Educação Católica, para o Clero, e para as Causas dos Santos; dos Conselhos Pontifícios para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e para a Cultura; do Tribunal Supremo da Signatura Apostólica; e das Comissões Pontifícias para a América Latina, «Ecclesia Dei», para a Interpretação Autêntica do Código de Direito Canónico, e para a revisão do Código de Direito Canónico Oriental.

Entre as suas numerosas publicações, ocupam lugar de destaque o livro «Introdução ao Cristianismo», uma compilação de lições universitárias publicadas em 1968 sobre a profissão de fé apostólica, e o livro «Dogma e Revelação» (1973), uma antologia de ensaios, homilias e meditações, dedicadas à pastoral.

Grande ressonância teve a conferência que pronunciou perante a Academia Católica Bávara sobre o tema «Por que continuo ainda na Igreja?»; com a sua habitual clareza, afirmou então: «Só na Igreja é possível ser cristão, não ao lado da Igreja».

No decurso dos anos, continuou abundante a série das suas publicações, constituindo um ponto de referência para muitas pessoas, especialmente para os que queriam entrar em profundidade no estudo da teologia. Em 1985 publicou o livro-entrevista «Relatório sobre a Fé» e, em 1996, «O sal da terra». E, por ocasião do seu septuagésimo aniversário, publicou o livro «Na escola da verdade», onde aparecem ilustrados vários aspectos da sua personalidade e da sua obra por diversos autores.

Recebeu numerosos doutoramentos «honoris causa»: pelo College of St. Thomas em St. Paul (Minnesota, Estados Unidos), em 1984; pela Universidade Católica de Eichstätt, em 1987; pela Universidade Católica de Lima, em 1986; pela Universidade Católica de Lublin, em 1988; pela Universidade de Navarra (Pamplona, Espanha), em 1998; pela Livre Universidade Maria Santíssima Assunta (LUMSA, Roma), em 1999; pela Faculdade de Teologia da Universidade de Wroclaw (Polónia) no ano 2000.


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28 abril 2010

Bênção Apostólica "Urbi et Orbi"


19 de abril de 2005

Amados Irmãos e Irmãs,

Depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor.

Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes. E, sobretudo, recomendo-me às vossas orações.

Na alegria do Senhor Ressuscitado, confiantes na sua ajuda permanente, vamos em frente. O Senhor ajudar-nos-á. Maria, sua Mãe Santíssima, está connosco. Obrigado!